top of page
Câncer de Esôfago

           

     O esôfago é um órgão tubular que leva o alimento da boca ao estômago. O câncer de esôfago pode ser de dois tipos: adenocarcinoma ou carcinoma espino-celular (CEC). O primeiro geralmente fica no terço mais inferior do esôfago e o CEC nos terços médio e superior. Todos dois iniciam com acometimento local, proliferando para o interior do esôfago, invadindo órgãos ao redor, disseminando para gânglios linfáticos ao redor da lesão ou se disseminando para outros órgãos a distância (chamado de metástase).

    Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de esôfago é o 6º mais frequente entre os homens e 13º entre as mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma). O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos.

Fatores de risco

Para o Carcinoma Espino Celular:

- Tabagismo (fumo);

- Etilismo (ingesta de bebidas alcoólicas);

- Ingestão de produtos cáusticos (soda cáustica por exemplo).

 

Para o  adenocarcinoma:

 - Obesidade

- Refluxo gastro-esofágico crônico com alteração do tecido do esôfago inferior.

 

Sinais e sintomas

       Os sintomas mais frequentes são disfagia (que significa dificuldade para deglutição) e odinofagia (dor ao deglutir). Em geral estes sintomas são progressivos começando com alimentos sólidos e podem chegar até a dificuldade e dor para deglutição de líquidos. Isto acarreta a significativa perda de peso por dificuldade em se alimentar, podendo levar até mesmo a desnutrição.

 

Prevenção

      A melhor maneira de evitar é com hábitos de vida saudáveis evitando fumo e ingestão de bebidas alcoólicas. Além disso, a obesidade tem que ser evitada não só pelo risco de surgimento do câncer de esôfago, mas também pelos demais problemas de saúde que podem ser decorrentes da obesidade que dificultariam o tratamento (por exemplo, hipertensão arterial e diabetes).

       Não há uma justificativa para realização de endoscopia em pacientes assintomáticos na população, entretanto a sua realização em pacientes com doença do refluxo gastro-esofágico pode ser importante para detecção de tumores iniciais ou mesmo lesões pré-malignas.

 

Tratamento

       Para o câncer de esôfago, tanto a cirurgia quanto a radioterapia e quimioterapia podem propiciar um tratamento com intenção curativa. A decisão por um ou por outro tratamento vai depender do tipo de tumor e do estado geral de saúde do paciente, se ele suporta uma cirurgia de grande porte (esofagectomia, que é a retirada do esôfago) ou não.  Além disto, muitas vezes faz-se necessário a realização de radioterapia e quimioterapia antes da cirurgia para melhor controle local e permitindo a retirada cirúrgica da lesão.

     Nos casos em que o tumor dificulta muito ou impede a alimentação, é possível desobstruir a passagem introduzindo um stent autoexpansivo semelhante ao usado em cardiologia, ou com aplicações de raios laser. Outra opção é colocar sementes radioativas em contato direto com o tumor (braquiterapia).

        Quando esses procedimentos não são possíveis, para evitar que o paciente fique desnutrido, a alimentação pode ser mantida através de sondas nasoenterais que, introduzidas pelo nariz chegam até o intestino, ou através de sondas colocadas diretamente no estômago por via endoscópica.

Figura 1 - http://www.portalsaofrancisco.com.br/saude

/cancer-de-esofago

bottom of page